Wednesday, November 29, 2006

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O DIREITO À DIFERENÇA

No decorrer da sua história, o Brasil tem gradativamente se movimentado na busca de se tornar uma sociedade que reconhece e respeita a diversidade que a constituí, e que a ela responde, com qualidade. É preciso garantir o acesso e a permanência de todas as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais no sistema regular de ensino. Deve-se, ainda, disseminar a política de construção de sistemas educacionais inclusivos e apóias o processo de implementação nos municípios brasileiros.

ENSINO UNIVERSAL

A Assembléia Geral das Organizações das Nações Unidas produziu vários documentos norteadores para o desenvolvimento de política públicas de seus países membros. O Brasil, enquanto país membro da ONU e signatário desses documentos, reconhece seus conteúdos e os tem respeitado, na elaboração de políticas públicas internas.
Em março de 1990, o Brasil participou da CONFERÊNCIA MUNDIAL sobre Educação para Todos, em Jomtien, Tailândia. Na “Declaração de Jomtien” os países relembraram que “a educação é um direito fundamental de todos, mulheres e homens, de todas as idades, no mundo inteiro”.
Ao assinar esta declaração o Brasil assumiu, perante a comunidade internacional, o compromisso de erradicar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental no pais.
É importante construir critérios para a organização das salas de aula inclusivas, considerando o número de alunos com necessidades especiais em cada sala de aula, refletindo a realidade social e observando a qualidade desse atendimento. A escola deve ser um ambiente que reflita a sociedade como ela é. Os alunos com necessidades educacionais especiais incluídos deverão ter garantido seu espaço e oportunidade.
A construção de um sistema educacional inclusivo exige a transformação dos saberes e das práticas de todos os participantes da comunidade educacional e , portanto, o envolvimento ativo de todos.
Faz-se importante a previsão da função “dirigente da educação especial” que, de acordo com as Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, no seu artigo terceiro, parágrafo único, diz que: “ Os sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar um setor responsável pela educação especial, dotado de recursos humanos, materiais e financeiros, que viabilizem e dêem sustentação ao processo de construção da educação inclusiva”.

PARA TODOS

O projeto político – pedagógico de uma escola é um instrumento teórico – metodológico, definido nas relações da escola com a comunidade a quem vai atender, explicita o que se vai fazer, para quem se vai fazer e como vai fazer. É nele que se estabelece a ponte entre a política educacional do município e a população, por meio da definição dos princípios, dos objetivos educacionais, do método de ação e das práticas que serão adotadas para favorecer o processo de desenvolvimento e de aprendizagem das crianças e adolescentes das comunidades.
Seu desenvolvimento requer reflexão, organização de ações e a participação de todos – professores, funcionários, pais e alunos, num processo coletivo de construção. Sua sistematização nunca é definitiva, o que exige um planejamento participativo, que se aperfeiçoa constantemente durante a caminhada.
À medida em que todos forem envolvidos na reflexão sobre a escola, sobre a comunidade da qual se originam seus alunos, sobre as necessidades dessa comunidade e sobre os objetivos a serem alcançados por meio da ação educacional, a escola passa a ser sentida como ela realmente é: de todos e para todos.
O convite é para o respeito à diversidade, considerando que em cada escola existem pessoas com diferentes desejos, necessidades, sotaques, habilidades, vontades, diferentes origens e caminhos.

Edjôfre Coelho de Oliveira – graduado em Língua Portiguesa e especialista em Psicopedagogia Clínico – Institucional. São João do Piauí, PI

O DESAFIO DE EDUACAR PARA A INCLUSÃO

Um dos maiores desafios que a educação brasileira enfrenta atualmente é a inclusão de adolescentes e adultos na escola e também no mercado de trabalho. As recentes transformações no mundo do trabalho acabam por reconfigurar a sociedade , especialmente em seus perfis econômico e social. De um lado, temos o avanço tecnológico, que, aliado às novas formas de gestão, propicia um crescimento econômico fantástico, e, de outro, a exclusão gerada pela má distribuição de bens e serviços. Acirram-se, assim, a desigualdade social e se ampliam os índices de desemprego. É desafio porque a educação brasileira precisa encontrar e propor alternativas capazes de conciliar crescimento tecnológico e trabalho assalariado.
Neste emaranhado de desafios, em se tratando de evasão e reprovação escolar, temos que reconhecer que nossa educação é ainda deficiente tanto na formação de políticas públicas eficazes para manter nossos alunos na escola como também no acolhimento de suas experiências significativas quanto parte integrante do currículo escolar.

EXCLUSÃO DIGITAL

Também precisamos reconhecer que justamente pela heterogeneidade de nosso alunado, a articulação de políticas públicas não é tarefa fácil. De nada vale tratar nossas turmas como se fossem homogêneas, como se tivessem os mesmos interesses e necessidades e fossem desprovidas de singularidades. Neste sentido, acreditamos que somente com a inclusão das experiências e trajetórias dos alunos no currículo, aliadas à promoção da cidadania e o acolhimento das inúmeras reivindicações que perpassam o ambiente escolar, chegaremos a algum lugar. E tomara que seja o da inclusão social.
Não podemos ser ingênuos a ponto de acreditar que existem lugares e oportunidades para todos. As coisas não são bem assim. O mundo não é mais o mesmo; a ascensão profissional e social está cada vez mais difícil e a necessidade de qualificação se impõe num contexto que é da competitividade. Se levarmos em consideração que vivemos em um país cujo modo de produção é o capitalista, o debate acerca da inclusão nos mundos do conhecimento formal e do emprego se faz relevante, especialmente por conta da desigualdade sócio-econômica que atravessamos e do acesso restrito a bens como o computador e a internet – o que faz nascer um conceito bastante atual de exclusão: “Excluído Digital”.
Assim, quem ocupa a categoria de “Excluído” da escola e dos bens e serviços próprios do avanço tecnológico tem um grande potencial para ser excluído do mercado de trabalho e de contribuir para o crescimento das estatísticas sobre desemprego.

ALÈM DOS MUROS

Outro grande desafio é a formação de um sujeito polivalente, capaz de trabalhar em equipe e ao mesmo tempo encontrar diversas saídas para um mesmo problema: Um sujeito criativo e inventador. Isto requer metodologias/estratégias diferenciadas em nosso fazer docente a fim de criarmos condições favoráveis à progressão dos nossos alunos na escola e fora dos muros dela.
Precisamos entender as novas exigências do mercado e a importância da formação de um sujeito que tenha, sobre tudo, formação humanísticas, que saiba se relacionar, entender o outro, trocar idéias... Este mundo que não pára, está nos forçando a (re)pensarmos muitos de nossos valores e, com certeza, nossa própria trajetória educativa, cartesiana, fragmentada e disciplinar. Temos o compromisso de não somente pensar, mas apostar nos talentos e investir na diversidade de nosso alunado. Educar para a inclusão requer também políticas públicas de educação e emprego voltadas para a realidade dos alunos. Pensamos ser este o contexto – alunos, localidade e reivindicações populares – que vai fazer o diferencial na formulação e implementação de políticas públicas para a educação brasileira e nos levará ao encontro de propostas e alternativas para a inclusão de nossos adolescentes e adultos, tanto na escola como no mundo do trabalho.

Leandro Haerter, sociólogo, coordenador pedagógico na Escola Municipal de Ensino Fundamental Marechal Deodoro, Canguçu, RS.

Thursday, November 16, 2006

Ecs 9

Trabalho realizado através da formação do grupo C. Clique aqui para analisar o nosso trabalho.
COMPONENTES:Edivan Machado
Elenice Hahn
Eliane Vieira
Vanícia Behenck
Tânea

Monday, November 06, 2006

Ecs 8








Sabe - se que o Pead é uma grande rede de graduação em Pedagogia, contendo cinco pólos de educação a distância (EAD). Abrangendo as cidades de Sapiranga, São Leopoldo, Gravataí, Alvorada e Três Cachoeiras.
Ao deparar - me com a atividade oito, da interdisciplina Escola Cultura e Sociedade. Criou - se em mim uma curiosidade e uma expectativa imensa em conhecer os outros cursandos e alunos da UFRGS, na modalidade pela qual fazemos parte.
Sempre é bom podermos abrir os nossos horizontes, conhecendo pessoas com formas de vida, visões, pensamentos e idéias opostas à nossa. Logo pensei, o quanto poderia aprender com estes colegas, que possuindo realidades diferentes da minha, poderiam me proporcionar grandes crescimentos intelectuais e comportamentais.
Já que, entramos em um mesmo "barco", com funções e ideais parecidos, possuir um grupo maior de pessoas para trocar idéias, expectativas e experiências, é uma questão motivadora. Pois, temos algo a ensinar, mesmo que seja simples ou modesto demais. O importante em todo esse processo, é crescermos juntos e conduzirmos todos os mesmos, para um amdurecimento e uma realização, enquanto pessoa, superando as nossas dificuldades e barreiras, com o incentivo e o apoio de cada um.

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